INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E LIDERANÇA INFORMACIONAL

A informação se constitui como recurso indispensável na era do conhecimento. A ênfase na informação própria ao contexto das organizações atuais é precedida por alguns paradigmas da Administração, como da Administração Científica, cujo arauto foi […]

5 de março de 2013 9:40 pm Destaque, Notícias

A informação se constitui como recurso indispensável na era do conhecimento. A ênfase na informação própria ao contexto das organizações atuais é precedida por alguns paradigmas da Administração, como da Administração Científica, cujo arauto foi Frederick W. Taylor e, da Escola de Relações Humana, encabeçada por Elton Mayo. Se antes, em tais teorias os problemas se depositavam apenas sobre processos ou situações isoladas, agora a gestão contempla teorias e práticas contingenciais. Junto a isso, a complexidade da gestão esbarra em fatores ainda marginalizados porque exigem a participação humana.

Percebe-se como indício concreto da relevância do conhecimento para o funcionamento das organizações, a adesão da gestão pública aos preceitos da sociedade do conhecimento, veiculados oficialmente há mais de uma década, no Livro Verde (TAKAHASHI, 2000). Percebe-se que as políticas instituídas na esfera pública mostram atenção com relação à formação e atuação dos cidadãos, uma vez que sem a informação e sem o conhecimento não é possível o crescimento da sociedade. A mesma preocupação resvala nas organizações, pois pressupõe-se que os processos gerenciais de qualquer tipo de organização demandam a presença de informações. Desse modo, os modelos de gestão atuais adquirem tonalidades interessantes para aqueles que pretendem aderir aos padrões da competitividade, porque incluem maior número de fatores influentes sobre a organização. Entre eles destacam-se as pessoas, por serem produtoras de conhecimento. Todavia, tal produção depende de processos de acesso e uso de informação mediada por líderes das organizações.

Muitos conhecimentos são adquiridos na formação profissional, portanto conquistados na prática ou em cursos de instrução, antes da entrada na organização. O conhecimento é cada vez mais valorizado para qualquer profissional, cuja excelência técnica ou amplo domínio da sua área de atuação tendem a destacá-lo nas organizações. Todavia, muito conhecimento subjetivo não é útil para a organização se ausente de processos de compartilhamento.

Num cenário globalizado e competitivo, usufruir das ferramentas tecnológicas, nem sempre significa maximização da capacidade produtiva instalada nas indústrias. Nesse contexto, surge a figura do líder, estimulando o comportamento informacional de seus liderados, a fim de atingir resultados no processo de busca e uso da informação para a construção de conhecimento. Para isso, o líder-mediador instrui e impele os liderados a incorporarem na prática cotidiana estratégias de coleta, armazenamento e análise das informações com a finalidade de facilitar a tomada de decisão.

Há consenso geral no ambiente acadêmico que a informação consolidou-se como um recurso de grande valor, quando utilizada de maneira correta. Desde a década de 1970, a Administração deposita nos gestores e nos colaboradores, pressupostos de que o Know how produzidos por estes, determinam a capacidade competitiva.

Entretanto, a produção de conhecimento é um processo cognitivo humano e vinculado às relações entre as pessoas, sendo latente a necessidade de políticas organizacionais específicas para estimular um fluxo informacional fundamentado no comportamento informacional dos indivíduos, sejam eles de níveis hierárquicos estratégicos, táticos ou operacionais.

É neste contexto que surge o profissional responsável pela informação organizacional, cujas competências envolve praticar e estimular comportamentos informacionais, em relação a coleta, análise, disseminação, de informações de acordo com as necessidades organizacionais. Ressalta-se que o uso do conhecimento também é alvo do líder-mediador, presumindo que deva seguir padrões éticos e responsáveis com a informação adquirida, especialmente no que diz respeito ao compartilhamento.

Tal estilo de liderança é fundamental para processos como a inteligência competitiva, a gestão da informação e do conhecimento nas organizações, pois estes profissionais inclinam-se a facilitar a implantação de processos e modelos modernos junto aos colaboradores. Nesse caso, líder-mediador é aquele que através do conhecimento conduz os liderados a aderirem ao padrão de gestão fundado sobre a informação.

O fato de um líder ser produtivo e ter sucesso pode não proporcionar o alcance de resultados eficientes no grupo. Isso significa que o papel do líder-mediador é bastante específico e envolve gerenciar os indivíduos, a fim de alcançar um objetivo. Isso se dá por intermédio de processos de socialização para a inserção dos indivíduos no contexto competitivo e de colaboração da cultura informacional.

Pode-se observar que instalar a cultura informacional é essencial para o desempenho do líder. Estes profissionais aliados a um estilo de liderança diferenciado e inovador, passam a ser prioridade para as organizações que buscam implantar modelos de gestão mais competitivos, visto que a prospecção e o monitoramento de fontes de informação externa, a seleção das informações, e o uso para a construção de conhecimento são um produto do contexto sociocultural interno das organizações. Sendo, portanto, necessário construir um contexto propício para os comportamentos informacionais a partir de políticas institucionais, consolidadas nas ações do líder-mediador.

Neimar Ferreira Dos Santos.
Selma Leticia Capinzaiki Otonicar.
Discente do 6º Termo do Curso de Tecnologia em Gestão Empresarial (Processos Gerenciais) da Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC GARÇA.

Links relaciondados: Jornal Comarca de Garça

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